Saiba as tendências pós-COVID 19
Que o mundo mudou e que será dividido entre pré e pós da pandemia todos nós concordamos, não é verdade? O que poucos acabam parando para refletir é: o quanto os nossos padrões de consumo já mudaram e irão mudar após o término de todas as restrições de circulação que vivemos atualmente? Pensando nisso, o conteúdo de hoje irá abordar quais tendências que vieram para ficar e prometem permanecer após o final desse período tão desafiador e que pode ser definido por muitos como um “divisor de águas” em nossas vidas.
Menos é mais
As medidas de distanciamento social e “lockdown” que ocorreram em diversos locais ao redor do planeta, despertaram nas pessoas o “olhar para dentro”. Reclusos em casa e com as restrições na locomoção impostas pelas autoridades governamentais, as pessoas passaram a se questionar e a realizar as seguintes reflexões: o que de fato é essencial em nossas vidas? Quais devem ser as nossas prioridades? O que não é necessário para a nossa sobrevivência? Isto posto, é possível chegar à seguinte conclusão: “menos é mais”. O que indiretamente nos leva a questionar toda a lógica de funcionamento do sistema capitalista. Portanto, além de sofrerem os impactos financeiros ocasionados pela perda de renda em decorrência da crise econômica gerada pela pandemia, boa parte dos consumidores ressignificaram a sua relação com o consumo e se desprenderam das suas necessidades mais supérfluas.
Identificação com a marca
O confinamento imposto por esse período de pandemia, permitiu aos consumidores uma disponibilidade maior de tempo para conhecer melhor sobre a marca ou produto que pretende consumir. Assim, foi reforçada a necessidade de conhecer mais sobre a história e o legado da empresa que está oferecendo o referido bem de consumo. Com isso, surge a tendência a consumir produtos daquela organização com a qual existe uma maior conexão entre os seus valores pessoais e aqueles que são propostos pela marca analisada.
Esse “match” acima apresentado, desperta nos consumidores um senso de pertencimento em relação a marca e resulta em um acompanhamento frequente em relação a todas as ações que são tomadas pela empresa. Portanto, é muito importante, que a organização, independentemente do seu tamanho, esteja sempre preocupada com a forma que irá manifestar os seus posicionamentos e quais podem ser as possíveis repercussões. Não devemos esquecer que os consumidores estão cada vez mais engajados e esperam que a organização esteja constantemente alinhada e refletindo os seus valores pessoais.
Novos modelos de negócio
As experiências de consumo não presenciais foram impostas até mesmo para aqueles que eram mais resistentes a esse modus operandi. Com o distanciamento físico obrigatório foram subitamente ampliados os serviços de delivery e e-commerce, objetivando suprir a demanda existente e manter as empresas em funcionamento.
Deste modo, após a pandemia o referido modo de operação não será mais visto como uma novidade e sim como uma realidade. O consumidor está ficando mais habituado a comprar pela internet e aguardar a entrega do produto em sua casa sem maiores preocupações, e sem que haja a necessidade de ir até a loja física. Outro exemplo é o funcionamento dos “restaurantes fantasmas”, que são aqueles estabelecimentos que funcionam apenas através de pedidos por delivery, não existindo mais o ambiente físico que estamos habituados, com mesas e cadeiras para recepção e atendimento dos clientes. Diante dos exemplos apresentados ficou evidente que a pandemia de corona vírus veio para transformar, ressignificar e impactar a nossa relação com o consumo.
É importante salientar que essas transformações, conforme exposto, também ocorreram de forma significa dentro dos estabelecimentos comerciais e empresas. Além disso, foi emitido um sinal de alerta para a repercussão que as atitudes da organizações podem causar nos seus clientes, que se mostram cada vez mais bem informados, e o quanto essas empresas devem se preocupar com as próximas tendências que poderão emergir.
Autor: Andre Rocha
Consultor de projetos